
Ontem (quinta) na abertura do festival, foram exibidos curtas metragens de alta qualidade como “Pixinguinha e a Velha Guarda do Samba” de Ricardo Dias e Thomaz Farkas, realizado em torno de filmagens feitas por Farkas em 1954 quando o grande músico Pinxinguinha se apresentou ao vivo em SP, num registro raro que levou cinqüenta anos para ser mostrado ao público. Outro curta metragem que chamou a atenção foi “Lúcia” de Niles Atallah, Cristóban León e Joaquin Cociña, da Espanha, que mostra em tom de suspense a imaginação de uma garota através de animações que surgem dentro do seu quarto. Filme com idéia simples e com uma realização fantástica. Mas o melhor curta da noite foi “Poeira de Estrelas”, produção da Bélgica, de Nicolas Provost, que mostra o dia a dia dos habitantes de Las Vegas misturando diálogos reais, imaginários e de filmes, criando uma história interessante, diferente e possível dentro de uma grande cidade como Las Vegas. Completaram a programação de abertura os seguintes curtas : “Adeus Mandima” de Robert-Jan Lacombe (Suiça), “Missoni” de Kenneth Anger (EUA/Itália) e “Feliz Agora” de Frederik Aspock (Dinamarca/Itália).
Com a alta qualidade destes filmes da abertura do festival, acredito que teremos nesta 22º edição, muitos filmes interessantes e de boa qualidade, revelando mais do que nunca a força do curta metragem. Pena que a programação é tão extensa que dificilmente será possível ver todos os filmes exibidos, mas certamente, o cinemaníaco que estiver em São Paulo, não pode deixar de ver o festival que com certeza vai dar muitos frutos para futuras idéias e iniciativas de nossos realizadores nacionais que mais do que nunca precisam deste intercâmbio para melhorar sua produção e posteriormente lutar pelo seu espaço dentro das salas de exibição no Brasil que hoje não exibem curtas, deixando este formato do áudio-visual, limitado aos festivais.
Marco Antonio Moreira – 22º Festival Internacional de Curtas Metragens/SP
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