“La La Land” repete fórmula de sucesso
Homenagem ou cópia? Muitas vezes é difícil elaborar um conceito. Muitos filmes têm a boa intenção de homenagear um diretor/gênero/estilo aproveitando suas qualidades e registrando de outra forma o que/quem se quer homenagear. “La La Land” quer ser uma homenagem aos tradicionais musicais de Hollywood, mas é apenas uma cópia. Muitos amarão o filme, muitos questionarão as diferenças entre cópia/homenagem, muitos questionarão que o cinema é fantasia e que é necessário filmes como “La La Land” para voltar a sonhar. Todas as discussões são válidas, mas é uma pena que neste filme a melhor forma de homenagear um gênero tão rico como os musicais seja apenas copiá-los. Uma homenagem digna poderia ter algumas citações aos grandes filmes como “Sinfonia de Paris” ou “Cantando na Chuva”, mas infelizmente, o que assistimos é uma sequência de clichês do clichê do clichê. Da abertura ao final, tudo é prevísivel, óbvio. E isso enfraquece qualquer “homenagem”, pois não acrescenta nada, apenas repete e continua com nova “roupagem” o que já foi feito. Acredito que o melhor resultado do filme (além de incentivar o conhecimento do “jazz”) será de criar um interesse maior sobre os musicais que, muitas vezes, dignificaram como poucos gêneros o cinema americano. Nesse sentido, “La La Land” será oportuno.
*O Festival de Berlim confirmou mais um filme brasileiro em sua seleção oficial, na maior participação do país num festival internacional dos últimos anos. Entre eles, está o documentário “No Intenso Agora”, escrito e dirigido por João Moreira Salles (de “Entreatos”) na mostra Panorama Dokumente, dedicada a filmes do gênero. É seu primeiro longa metragem como diretor desde o excelente “Santiago” (2007).
*”Silêncio”, novo filme de Martin Scorsese (Taxi Driver/Hugo Cabret) teve roteiro de Jay Cocks (Gangues de Nova York) a partir do livro homônimo do japonês Shusaku Endo. A história se passa no século XVII e foca em dois padres portugueses que são perseguidos e enfrentam atos de violência quando viajam ao Japão para procurar pelo mentor e exercer o sacerdócio junto a cristãos ilegais no país. Andrew Garfield (O Espetacular Homem-Aranha), Liam Neeson (A Lista de Schindler), Adam Driver (Star Wars: Episódio VII - O Despertar da Força) e Issei Ogata (O Sol) formam o elenco. O filme tem estreia no Brasil no dia 02 de fevereiro.
*O Centro de Estudos Cinematográficos (CEC) inicia suas atividades em 2017 com apresentação da professora Eva Dayna Felix Carneiro sobre o primeiro cineclube de Belém, "Os Espectadores" fundado nos anos 1950. É uma bela história de cinefilia que merece ser conhecida pelos cinemaníacos da cidade.
*No programa “Atualidades Cinematográficas” (na Rádio Liberal AM) apresentei a trilha sonora dos filmes “Sinfonia de Paris” e “O Picolino” em homenagem ao gênero musical que tanto contribui com o cinema. O programa é apresentado toda quinta-feira a partir das 14h30min.
INDICAÇÕES
ESTREIAS
“La La Land – Cantando Estações”
Filme de Damien Chazelle
Com Ryan Groslin
“Creepy”
Filme de Kiyoshi Kurosawa
Cine Líbero Luxardo
CONTINUAÇÃO
“O que há por vir”
Com Isabelle Huppert
Cine Líbero Luxardo
CINECLUBE
“Deserto Vermelho”
Filme de Michelangelo Antonioni
Com Monica Vitti
MEMÓRIA
“Sinfonia de Paris” (1951)
Filme de Vicent Minelli
Cartaz exibido nos cinemas americanos nos anos 50
AGENDA
*Cineclube Alexandrino Moreira:
Dia 23/01 – “O Cinema de Michalangelo Antonioni”: “Deserto Vermelho” (1966). Com Monica Vitti. Sessão às 19h. Entrada franca e debate após a exibição.
*Cine Olympia:
Até dia 25/01 – “Um País Maravilhoso”. Sessão às 18h30min (exceto domingo às 17h30min). Entrada franca. Apoio: Instituto Goeth
*Cine Líbero Luxardo:
Até dia 22/01 – “O que está por Vir” e “Creepy”
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