"TERRA ESTRANGEIRA" NA ORLA DA ESTAÇÃO
Em 1996, um filme brasileiro chegou aos cinemas no meio de um grande caos que o cinema nacional brasileiro estava passando. Poucos filmes em produção, extinção da distribuidora/produtora Embrafilme pelo governo e o consequente afastamento do grande público eram apenas alguns dos problemas que nosso cinema vivia na época. Além disso, o povo brasileiro ainda estava vivendo os sustos e surprêsas de sua nova democracia quando o diretor Walter Saller Jr., junto com Daniela Thomas, resolveu fazer “Terra Estrangeira”, um filme sobre a solidão. A solidão do Brasil, dos brasileiros, dos povos, das pessoas.
No filme, o personagem Paco quer conhecer a terra de sua mãe após sua morte, mas para isso, tem que passar por uma jornada de encontros e desencontros da sua história, da história de sua mãe e da história de um país:o Brasil. Reflexo de um momento importante da história brasileira, “Terra Estrangeira” foi/é um filme desafiador ao provocar sentimentos de dor, perda, esperança, desilusão e sede de viver de seus personagens, tão parecidos com todos nós. Filmado em preto e branco, como se Walter Salles Jr. quisesse tornar seu tema atemporal e real, “Terra Estrangeira” é um filme repleto de símbolos.
Paco é o Brasil, procurando se reencontrar correndo atrás do seu passado ou Paco é o brasileiro, solitário, em busca de sua identidade nunca definida mas sempre almejada ? Em ambos os caminhos de leitura do filme, o tema da solidão. Solidão de ter que ser, sem saber o que. Solidão de procurar, sem saber onde. Solidão de descobrir, sem saber pra que. Assim, Salles Jr. constrói “Terra Estrangeira”, talvez seu melhor filme, ao lado de “Central do Brasil”.
Bem dirigido, com uma narrativa bem simples e desenvolvida com cenas poéticas muito bem escritas e filmadas, este filme marcou o cinema brasileiro dos anos 90 ao provar que era possível fazer um tipo de cinema amplo, abrangente, brasileiro e universal ao mesmo tempo.”Terra Estrangeira” é um filme universal. Seu tema é universal. Mas ao mesmo tempo, é um filme que transpira uma brasilidade poucas vezes mostrada com tanta sensibilidade pelos nossos cineastas.
Por isso, “Terra Estrangeira” merece ser conhecido e por isso também este filme foi escolhido para ser o filme de abertura do Cineclube OI Estação, mais uma opção de cinema para o cidadão paraense, numa iniciativa inédita que vai procurar levar literalmente o cinema ao público, com exibições de curtas e longa-metragens na orla da Estação das Docas, numa parceria com ACCPA que espero, produza novas idéias e novas iniciativas para levar novas opções de cinema ao grande público.
Em 1996, um filme brasileiro chegou aos cinemas no meio de um grande caos que o cinema nacional brasileiro estava passando. Poucos filmes em produção, extinção da distribuidora/produtora Embrafilme pelo governo e o consequente afastamento do grande público eram apenas alguns dos problemas que nosso cinema vivia na época. Além disso, o povo brasileiro ainda estava vivendo os sustos e surprêsas de sua nova democracia quando o diretor Walter Saller Jr., junto com Daniela Thomas, resolveu fazer “Terra Estrangeira”, um filme sobre a solidão. A solidão do Brasil, dos brasileiros, dos povos, das pessoas.
No filme, o personagem Paco quer conhecer a terra de sua mãe após sua morte, mas para isso, tem que passar por uma jornada de encontros e desencontros da sua história, da história de sua mãe e da história de um país:o Brasil. Reflexo de um momento importante da história brasileira, “Terra Estrangeira” foi/é um filme desafiador ao provocar sentimentos de dor, perda, esperança, desilusão e sede de viver de seus personagens, tão parecidos com todos nós. Filmado em preto e branco, como se Walter Salles Jr. quisesse tornar seu tema atemporal e real, “Terra Estrangeira” é um filme repleto de símbolos.
Paco é o Brasil, procurando se reencontrar correndo atrás do seu passado ou Paco é o brasileiro, solitário, em busca de sua identidade nunca definida mas sempre almejada ? Em ambos os caminhos de leitura do filme, o tema da solidão. Solidão de ter que ser, sem saber o que. Solidão de procurar, sem saber onde. Solidão de descobrir, sem saber pra que. Assim, Salles Jr. constrói “Terra Estrangeira”, talvez seu melhor filme, ao lado de “Central do Brasil”.
Bem dirigido, com uma narrativa bem simples e desenvolvida com cenas poéticas muito bem escritas e filmadas, este filme marcou o cinema brasileiro dos anos 90 ao provar que era possível fazer um tipo de cinema amplo, abrangente, brasileiro e universal ao mesmo tempo.”Terra Estrangeira” é um filme universal. Seu tema é universal. Mas ao mesmo tempo, é um filme que transpira uma brasilidade poucas vezes mostrada com tanta sensibilidade pelos nossos cineastas.
Por isso, “Terra Estrangeira” merece ser conhecido e por isso também este filme foi escolhido para ser o filme de abertura do Cineclube OI Estação, mais uma opção de cinema para o cidadão paraense, numa iniciativa inédita que vai procurar levar literalmente o cinema ao público, com exibições de curtas e longa-metragens na orla da Estação das Docas, numa parceria com ACCPA que espero, produza novas idéias e novas iniciativas para levar novas opções de cinema ao grande público.
Marco Antonio Moreira
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