segunda-feira, 17 de setembro de 2018
51º FESTIVAL DE BRASÍLIA DE CINEMA BRASILEIRO
Coletiva de imprensa com os realizadores dos filmes "Liberdade" de Pedro Nishimura e Vinícius Silva, "Sempre verei cores no seu cinza" de Anabela Roque e "New Life S/A" de André Carvalheira.
51º FESTIVAL DE BRASÍLIA DE CINEMA BRASILEIRO
Coletiva de imprensa do documentário "Torre das Donzelas" sobre um grupo de mulheres que foram presas políticas no período da ditadura militar.
51º FESTIVAL DE BRASÍLIA DE CINEMA BRASILEIRO
Uma das melhores atividades de um festival de cinema, especialmente em Brasilia, são as coletivas de imprensa que permitem debates com os realizadores. A produção de todos os filmes exibidos apresenta seus realizadores no dia seguinte de sua projeção para contato com a imprensa e público. É uma fonte de conhecimento sobre a produção do filmes e das ideias dos realizadores.
51º FESTIVAL DE BRASÍLIA DE CINEMA BRASILEIRO
Segundo dia do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Exibição do curta metragem "Boca de Loba" e o documentário (muito aplaudido) "A Torre das Donzelas".
51 º FESTIVAL DE BRASÍLIA DE CINEMA BRASILEIRO
Abertura da 51° Festival de Brasilia de Cinema Brasileiro com apresentação e exibição do curta "Imaginário" e o longa metragem "Domingo".
51 º FESTIVAL DE BRASÍLIA DE CINEMA BRASILEIRO
Diário de Brasília
O Festival de Brasília de Cinema Brasileiro chega à sua 51º Edição com uma estrutura muito bem organizada e uma seleção de longas e curtas metragens que priorizam a diversidade de temas e de realizadores. Na abertura, como convidado, tive a oportunidade de assistir a exibição de dois trabalhos em “Hors-Concours”: o curta “Imaginário” de Cristiano Burlan e o longa metragem “Domingo” de Clara Linhart e Felipe Barbosa (que dirigiu “Gabriel e a Montanha”). “Imaginário” faz um breve relato sobre importantes acontecimentos políticos do país por depoimentos e declarações realizadas em áudio e imagem e procura nos sensibilizar no conhecimento da história deste país para entendermos nosso presente político. É um filme didático que teve um grande trabalho de pesquisa e que chega num momento importante para nossa conscientização política. Numa montagem criativa, o diretor soube usar a linguagens inerentes ao formato do curta metragem para criar interesse do espectador e realizar um trabalho ímpar sobre as questões políticas do Brasil. “Domingo” é um filme repleto de personagens diferentes que revelam num encontro familiar de domingo, suas diferenças de classe, de opinião, de perspectivas, de interesses, de comportamento. O filme cria um núcleo de metáforas sobre o Brasil pelos seus personagens e situações inteligentemente bem desenvolvidas num roteiro desafiador que certamente provocará polêmicas quando chegar ao circuito comercial. Ao assisti-lo, lembrei-me de “Um Sonho de Domingo” de Bertrand Tavenier, mas numa perspectiva mais política e social. “Domingo” é um filme que merece atenção!
Além da exibição destes filmes, duas premiações foram destaque com a entrega da medalha Paulo Emílio Salles Gomes (um dos fundadores do festival e um dos maiores pensadores do cinema brasileiro) para o mestre Ismail Xavier e Walter Mello (também um dos fundadores do festival) e o Prêmio Leila Diniz (em homenagem a atriz que deixou forte influência na arte brasileira) para a atriz Itala NandI (uma das atrizes de “Domingo”) e a montadora paulista Cristina Amaral. O prêmio ABCV foi entregue ao corpo docente do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade de Brasília e o profissional de cinema Roque Fritsh (falecido recentemente) foi homenageado. Na coletiva de imprensa dos dois filmes, muitas perguntas e respostas que ajudaram a entender a concepção e escolhas dos realizadores nos dois filmes que devem ser lançados em breve no circuito comercial.
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