Três atores de teatro são acusados de encenar uma peça considerada obcena e por isso são chamados para um juiz para serem interrogados. Mas durante a interrogação, acaba se revelando o íntimo dos personagens que mostram seus medos, anseios, dúvidas, mágoas e raivas com a vida. Sentimentos que somente são equilibrados quando são atores e não pessoas normais, frágeis e vulneráveis. Nesse processo, o personagem do juiz também acaba se revelando frágil e confuso num ritual onde os atores encenam o momento da peça considerado obceno. Ingmar Bergman concebeu este filme no auge de sua fase mais experimental, em 1969. Feito para a televisão, o filme tem uma fotografia extraordinária do mestre Sven Nykvist que em closes constantes, revela sem rodeios os sofrimentos e angústias dos personagens. Como sempre em todos os filmes de Bergman, os atores estão em atuações soberbas especialmente Ingrid Thulin, que atuou em vários filmes do mestre sueco. Inédito no Brasil, “O Rito” é uma obra-prima que incomoda, provoca e confirma o talento de um gênio que como poucos, soube lidar no cinema com as questões referentes a alma humana. Veja sem falta.
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